Sintomas e Tratamento da Parvovirose Canina
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    • As fezes contaminadas são a fonte primária de infecção da parvovirose canina.

      O CPV-2  (Parvovirus canino) é altamente contagioso e espalha-se por contacto directo do cachorro com fezes contaminadas, ambientes e/ou pessoas contaminadas.
      O vírus pode também contaminar as superfícies dos canis, os recipientes do alimento e da água, trelas e coleiras, e as mãos e roupa do pessoal que contacta com animais infectados.

      Após a exposição oral, o vírus da parvovirose infecta os linfonodos regionais da faringe e tonsilas (amígdalas). A partir desse momento, o vírus entra na corrente sanguínea (fase de viremia) e invade vários tecidos, incluindo:

      • Timo;
      • Baço;
      • Linfonodos;
      • Medula óssea;
      • Pulmões;
      • Miocárdio;
      • e finalmente o Jejuno distal e o Íleo, onde continua a sua replicação.

      A replicação causa a necrose das criptas do epitélio do intestino delgado, com eventual destruição das vilosidades. O vírus da parvovirose também pode causar lesões em outros órgãos que invade, contribuindo para múltiplos sintomas como linfopenia (medula óssea), miocardite (coração) e sinais respiratórios (faringe)

      É resistente ao calor, ao frio, à humidade e à seca, e pode sobreviver no ambiente por longos períodos de tempo (mais de 6 meses).

      Como o vírus da parvovirose pode permanecer infeccioso por muitos meses no ambiente, a contaminação ambiental exerce um papel importante na transmissão, devendo os ambientes contaminados ficar sem receber outro animal por, no mínimo, um ano.
      Mesmos apenas vestígios de fezes contendo o vírus são reservatórios ambientais e podem infectar animais que contactem com o ambiente infectado.

      O vírus é facilmente transmitido de lugar para lugar nos pêlos ou membros dos cães ou através de caixas, sapatos ou outros objectos contaminados.

      Todos os cães estão em risco, mas cachorros com idade inferior a quatro meses e cães adultos jovens não vacinados estão em risco acrescido de se infectarem e ficarem doentes.

      Evite a parvovirose, mantendo atualizadas, as vacinas dos seus animais de estimação.

      AUTOR DESTE ARTIGO

      Bruno Silva, Veterinário

      Médico Veterinário Bruno Silva
      Licenciado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em 2003.

      Realizou estágio e incorporou o corpo clínico do Hospital Veterinário do Algarve entre 2003 e 2005.

      Participa em congressos e pós-graduações em diversas áreas da medicina veterinária, tendo especial interesse pela área de cirurgia ortopédica e gestão de clínicas veterinárias. Em 2005 fundou a Clínica Veterinária de Vilamoura, da qual é director clínico.

      Em 2011 e 2012, realizou o título de pós-gaduação
      “Especialista em Traumatologia e Cirurgia Ortopédica em Animais de Companhia” pela Faculdade de Veterinária da Universidade Complutense de Madrid

      http://www.clinicaveterinaria.com

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