A Lagarta do Pinheiro é perigosa por originar necrose dos tecidos após contacto. Afeta frequentemente os cães, levando normalmente à necrose da língua.
Habita nos pinheiros (bravos e mansos) e cedros, encontrando-se disseminada pelas florestas de Portugal, mesmo em elevadas altitudes. É uma praga devastadora, uma vez que é um desfolhador, originando o enfraquecimento das árvores.
Cada lagarta tem 120 000 pêlos urticantes, distribuídos por 8 recetáculos. Ao mover-se, alguns pêlos libertam-se dos recetáculos, aumentando a probabilidade de contacto. Ou seja, mesmo que não exista contacto com a lagarta, os pêlos da mesma poderão causar problemas.
Cada pelo funciona como uma agulha. Ao tocar na pele ou mucosas injeta uma haloproteína tóxica que desencadeia a libertação exagerada de histamina, resultando num quadro alérgico grave.
Os cães são animais extremamente curiosos, pelo que irão explorar as lagartas, expondo-se aos seus pêlos tóxicos.
No entanto, também poderão afetar gatos e humanos, estando as crianças, pelo mesmo motivo, mais propícias a serem afetadas.
Normalmente a língua é o órgão afetado.
Inicialmente incha e torna-se azulada, seguido da formação de áreas de necrose amarelas ou pretas.
Outros locais comuns são a mucosa oral, pele, olhos e sistema digestivo.
Sem tratamento precoce, o local afetado pode ser perdido dentro de 6 a 10 dias. Em casos graves poderão observar-se tremores, choque, coma ou até mesmo a morte do animal.
Mas, geralmente, os sintomas observados são os seguintes:
– Urticária;
– Prurido;
– Falta de apetite;
– Salivação;
– Vómito;
– Dificuldade em deglutir;
– Apatia.
Se desconfia que o seu animal entrou em contacto com as processionárias, deverá levá-lo de imediato ao médico veterinário, pois a precocidade do tratamento favorece o prognóstico.
O tratamento das lesões é sintomático, pois não existe qualquer antídoto. A zona afetada será lavada e serão receitados medicamentos para prevenirem infeções secundárias.
Em casos graves, o animal poderá ser hospitalizado. Em situações muito graves, a região poderá ter que ser removida por amputação e quando a necrose compromete o bem-estar permanente do animal, deverá ser considerada a eutanásia.